sábado, 15 de novembro de 2008

Raku, uma possível definição


A busca pelas diferentes texturas é algo mais recente no Raku, busca por esmaltações ricas que tornam cada peça única. Um universo que mistura química, cálculos mátemáticos, física e, sobretudo, a inspiração na natureza. Enfim, a arte emerge como linguagem única.






RAKU - ORIENTE

O processo foi descoberto e praticado pelos ceramistas japoneses. As formas se limitavam quase inteiramente a xícaras de chá modeladas a mão de tamanho modesto e forma quase irregular. no século XVI. As xícaras de raku japonesas são de dois tipos. O raku vermelho feito de argila normalmente vermelha ou creme, era esmaltado com um vidrado de chumbo aplicado grossamente. O Raku negro que não difere em forma ou função do vermelho era esmaltado a uma temperatura muito mais alta.

RAKU – PASSAGEM PARA O OCIDENTE

O raku que se desenvolveu e expandiu na América é muito diferente do original do Oriente, tanto na forma, conceito e uso. O que gera muita controvérsia e questionamentos. A palavra “raku” parece inapropriada aos olhos dos ceramistas japoneses mais tradicionais. É como se estivéssemos profanando o processo original, já que e o sentido da palavra Raku, para eles, é uma expressão de contentamento, simplicidade e quietude na cerâmica. O raku que se pratica no Ocidente passou e passa constantemente por muitas linguagens, assim como a evolução humana, sempre com sede de novos conhecimentos. Aqui ele é propenso a ser de cores chamativas, e às vezes não. Sua forma é simplesmente escultural e não funcional. Porém, há aspectos muito comuns ao raku oriental, como o respeito e a alegria que nos proporciona por estarmos tão intimamente próximos a magia do fogo.




A arte final, não importa se no Japão antigo ou no Brasil contemporâneo, obedece a arte milenar de queima e contato com o fogo.




O que torna cada peça única é a sua fonte de inspiração. A queima gera texturas e nuances de cores que são como a impressão digital de cada peça que acaba de nascer.

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